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Retrospectiva 2011: aprendemos muito com nossas interações aqui!

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Escrevo hoje o último post do ano para este blog, uma excelente iniciativa das Editoras Ática e Scipione que me permitiu, ao longo dos últimos meses, trocar ideias com educadores, escritores, leitores e todos mais interessados em Educação.

O tema aqui proposto – Eu amo educar – foi bastante inspirador. Abriu caminho para debates interessantes, com grandes repecussões em momentos e espaços diferentes: no próprio blog, no Twitter, no Facebook e em encontros presenciais vi pessoas comentando a respeito de assuntos abordados e indicando artigos para debates em reuniões pedagógicas.

Há uma frase atribuída ao dramaturgo irlândes Bernard Shaw que é bastante pertinente neste balanço: “Se você tem uma maçã, eu tenho uma maçã e nós trocamos as maçãs, então você e eu ainda teremos uma maçã. Mas se você tem uma ideia, eu tenho uma ideia e nós trocamos essas ideias, então cada um de nós terá duas ideias”. Eu diria que ao trocarmos ideias pelas vias online, todos nós – e mais pessoas do que imaginamos – passamos a ter e a provocar o surgimento de muitas outras ideias.

Foi o que aconteceu comigo. Cada artigo blogado provocou interações que geraram novos posts e enriqueceram os debates propostos – uma experiência que, para mim, reforça o valor de vivermos em rede, para o crescimento pessoal, para o aprimoramento profissional e para aprendermos, compartilharmos e facilitarmos o nosso dia a dia.

Aproveito o clima de final de ano para fazer uma retrospectiva dos posts deste blog que mais me fizeram refletir e interagir com os leitores – alguns escritos por mim e outros pelo grande amigo Eduardo Chaves. Vamos à seleção?

  • Tecnologias, redes sociais e educação >> uma excelente reflexão do Eduardo Chaves a respeito da evolução tecnológica, sobre o que ela tem a ver com Sócrates e, ao mesmo tempo, com os dias atuais e as redes sociais.
  • O que você faria com o livro didático se os alunos descobrissem todas as respostas? >> artigo em que elaboro o que sempre quis dizer a respeito das boas obras e de como podemos trabalhá-las em sala de aula: é preciso valorizar mais o processo de ensino e aprendizado que a resposta final.
  • Os “nativos digitais” sabem realmente tudo? >> enxerguei este post como oportunidade de ampliar uma discussão iniciada em debate na Abril Educação (da qual fazem parte as Editoras Ática e Scipione), de discutir a importância do papel do educador e de contestar visões homogeneizadoras como “o professor entende pouco de tecnologia”.
  • Reflexões sobre a academia de ginástica >> comparei um episódio ocorrido numa academia à vida escolar. Em comum, ambos podem proporcionar a valorização do indivíduo e de seus esforços pessoais. Colegas fizeram ótimos comentários e adendos ao texto.
  • O Elemento >> Eduardo Chaves faz reflexões profundas sobre a importância de gostarmos do que fazemos, algo que vale para nós, educadores, para nossas reflexões com os alunos e para repensarmos o que propomos nas aulas. Em um outro post, ele sugere como aplicarmos as ideias do livro O Elemento na educação escolar.
  • Cutucando paradigmas >> a sequência de posts de Eduardo Chaves questiona a escola como a pensamos hoje. Suas análises mexeram com vários leitores (alguns comentaram os artigos no próprio blog e outros ficaram apenas incomodados). Confesso que ainda penso inquietamente a respeito, por isso o artigo cumpre sua proposta (realmente nos cutuca!). Os diálogos abertos pelo Eduardo ainda merecem muita reflexão!
  • Você sabe o signficado das notas de seus boletins? >> aproveitei o post para comentar algo que me angustia, como educadora e como mãe. Reduzimos muitas vezes o estudo a tirar uma nota, alcançar uma média, passar ou não de ano… Mas o que ganhamos com isto?
  • Maniqueísmo pedagógico >> para que tanto certo e errado em educação – Mary Grace – aqui a discussão é a respeito do radicalismo quando avaliamos uma concepção, prática pedagógica ou ação dos professores, o que muitas vezes mais inibe o crescimento do que ajuda nos processos educacionais.
  • A revolução da desintermediação >> a magnifica retrospectiva histórica e religiosa de Eduardo Chaves coloca como cada vez mais realizamos tarefas importantes contando cada vez menos com mediação. Discute, por fim, o papel da escola e o acesso do aluno ao conhecimento por meio da tecnologia.
  • Aprender com os jovens e as redes sociais >> discuto aqui algumas experiências observadas de como os jovens interagem na rede – alguns inclusive mobilizando grupos e realizando produções interessantes, engajadas com suas causas. Discuto, também, como podemos aproveitar este potencial em sala de aula.
  • Letra bonita, capricho e ortografia >> este post é um dos meus preferidos. Aborda algo reitero desde o início da minha carreira de educadora: o quanto a letra e o capricho são fáceis de serem observados e valorizados, enquanto outras competências mais importantes para a vida fora da sala de aula são “esquecidas”.
  • A importância de fazer parte >> como engajar os alunos nas atividades: faço uma reflexão sobre diversas estratégias importantes para consigamos maior envolvimento dos alunos nas atividades por nós propostas, o que é extremamente necessário para que fiquem motivados para a aprendizagem.
  • Educação e felicidade >> a felicidade talvez seja a coisa mais importante; o que buscamos para nós e para as pessoas das quais gostamos. Ao mesmo tempo, por vezes ela é um fator pouco valorizado na escola. Neste post, Eduardo critica o enfoque da escola apenas nos aspectos cognitivos, ressaltando que a própria felicidade (tão esquecida) também os compreende.
  • Quando realmente compensa utilizarmos as tecnologias digitais na educação? >> este foi um dos artigos mais comentados. Nele, abordei diversas situações em que o uso das tecnologias pode ou não fazer sentido. O mais importante é sempre pensarmos nos objetivos, e não o uso pelo uso ou por mero modismo.
  • Velhas tecnologias e (velhas) formas de ensinar >> dando sequência ao raciocínio anterior, neste post tentei colocar em xeque a supervalorização das tecnologias, vendida como algo transformador da escola. Já nos esquecemos do quanto bons professores podem fazer coisas muito interessantes sem todos os aparelhos e mídias de que dispomos hoje, no mesmo compasso em que diversos recursos modernos que são subutilizados por escolas altamente informatizadas. Assim, argumento que o educador deva realmente centrar-se no uso que fazemos das tecnologias, ao invés de condená-las ou culpá-las. Nossos problemas, na maioria das vezes, são muito mais pedagógicos que tecnológicos.

Bem, termino aqui esta breve seleção com lembranças gostosas de tudo o que discutimos e do quanto novas ideias surgiram. Agora é tempo de recarregarmos as baterias, relembrarmos tudo que foi bom em 2011 e melhorarmos o que não gostamos tanto de ter feito, falado ou escrito … Espero de verdade que em 2012 possamos interagir e crescer juntos ainda mais.


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